22 de fev. de 2014

ANTÔNIO RAMOS, AUTOR DO HINO DE NOVA SOURE


Antônio Ramos da Silva, conhecido como Ramos Feirense nasceu em Feira de Santana, no dia 20 de novembro de 1928, filho de Leôncio Ramos Gomes e Hilda Ramos da Silva, casado com a Senhora Tereza Lourdes de Castro Ramos da Silva, da qual ficou viúvo, com quem teve 3 filhos (Antonio Leilson de Castro Ramos; Anaíres Feirense de Castro Ramos e Francisco Leôncio de Castro Ramos e dois netos. Davi Marcelino e Bianca.

Licenciado em Estudos Sociais pela Universidade Estadual de Feira de Santana e professor de História e Educação e Moral e Cívica, Ramos Feirense estudou na Escola Normal de Feira de Santana e se aposentou no Colégio Polivalente, Antes disso lecionou em Caldas do Cipó, foi Orientador Pedagógico, Coordenador Distrital de Ensino no Município de salvador, Secretário de Educação e Cultura em Candeias e atuou no Jornal A tarde como revisor e titular da coluna Charadismo, no Diário de Notícias com repórter e revisor, e na Folha do Norte foi titular da coluna O CECREMAM na FN.

Antônio Ramos é autor do hino de diversas cidades baianas. Além disso, ainda é o criador de brasões e bandeiras de algumas dessas cidades e de várias instituições. As cidades de Nova Soure, Amélia Rodrigues, Araci, Candeias, Ichu, Itaparica, Lagoa das Pedras, Monte Santo, Nova Itarana, Nova Redenção, São Gonçalo dos Campos, Ubatã e Xique-Xique foram transcritas nas letras do poeta, que fazia questão de exaltar as qualidades artísticas e culturais, além da história do lugar.
  
Apesar de cirandar por entre estes municípios, Ramos Feirense desenvolveu um caso de eterno amor com Nova Soure, município do semiárido baiano, onde morou por 3 anos na década de 50. Quando veio de Candeias acompanhando o Padre Vitalmiro Monford, que na época veio para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.      

 Sendo um católico fervoroso, devoto de Santa Rita de Cássia, foi ativo, organizador de festas religiosas e outros movimentos da Igreja Católica em toda a região circunvizinha a Nova Soure durante os anos que viveu aqui na cidade. Tamanha foi a emoção na vida de Ramos que ele procurou registrar com palavras aquilo que seu coração sentia e foi aí que em 1967 nasceu a “Canção de Amor a Nova Soure”. Neste mesmo ano, ele idealizou uma excussão com seus alunos e amigos para reverenciar Santa Rita de Cássia em solo novasouriense
  
Uma letra forte, uma música sensível que, além dos munícipes, também tocou o coração de José Ramos, então prefeito de Nova Soure. Este foi tomado de tamanha emoção que baixou decreto oficializando a Canção de Amor à Nova Soure como o hino oficial do município. Neste município também Ramos Feirense desenvolveu grandes e importantes amizades inclusive com o próprio prefeito Manoel Ferreira (Manoelito Dentista) e com as professoras Maria de Lourdes e Vestina Ferreira da Silva irmãs do prefeito, que como educadoras prestaram relevantes serviços à população novasouriense.

  Criativo e cheio de habilidades artísticas, Ramos Feirense também presenteou a cidade com um painel gigante e o dedicou ao presépio de Nova Soure. Ele fez isso deitado no chão, na rua com as costas ao sol. Ainda hoje o painel continua preservado pela comunidade, além de ser organista na igreja. Mesmo dando aula de História no município vizinho, Caldas do Cipó, Ramos se realizava como educador artista e religioso em Nova Soure. 

   Antônio Ramos foi condecorado com vários Títulos e honrarias em diversos  municípios da Bahia. Em Nova Redenção, foi laureado com o Título de Cidadão de Nova Redenção; em Feira de Santana, recebeu a Comenda Godofredo Filho, na Câmara Municipal de Vereadores. Na Europa, foi certificado com o título de Comendador da Cultura e da Educação em Portugal. No país lusófono, Ramos Feirense representou o Magistério Primário do Brasil através do Consulado Português. Quando estava de malas prontas para conhecer Coimbra, o consulado brasileiro o convidou para participar de um encontro com jovens portugueses. 


Por Reginaldo Santos