Antônio
Ramos da Silva, conhecido como Ramos Feirense nasceu em Feira de Santana, no
dia 20 de novembro de 1928, filho de Leôncio Ramos Gomes e Hilda Ramos da
Silva, casado com a Senhora Tereza Lourdes de Castro Ramos da Silva, da qual
ficou viúvo, com quem teve 3 filhos (Antonio Leilson de Castro Ramos; Anaíres
Feirense de Castro Ramos e Francisco Leôncio de Castro Ramos e dois netos. Davi
Marcelino e Bianca.
Licenciado em Estudos Sociais pela
Universidade Estadual de Feira de Santana e professor de História e Educação e
Moral e Cívica, Ramos Feirense estudou na Escola Normal de Feira de Santana e
se aposentou no Colégio Polivalente, Antes disso lecionou em Caldas do Cipó,
foi Orientador Pedagógico, Coordenador Distrital de Ensino no Município de
salvador, Secretário de Educação e Cultura em Candeias e atuou no Jornal A
tarde como revisor e titular da coluna Charadismo, no Diário de Notícias com
repórter e revisor, e na Folha do Norte foi titular da coluna O CECREMAM na FN.
Antônio
Ramos é autor do hino de diversas cidades baianas. Além disso, ainda é o
criador de brasões e bandeiras de algumas dessas cidades e de várias
instituições. As cidades de Nova Soure, Amélia Rodrigues, Araci, Candeias,
Ichu, Itaparica, Lagoa das Pedras, Monte Santo, Nova Itarana, Nova Redenção,
São Gonçalo dos Campos, Ubatã e Xique-Xique foram transcritas nas letras do
poeta, que fazia questão de exaltar as qualidades artísticas e culturais, além
da história do lugar.
Apesar de
cirandar por entre estes municípios, Ramos Feirense desenvolveu um caso de
eterno amor com Nova Soure, município do semiárido baiano, onde morou por 3
anos na década de 50. Quando veio de Candeias acompanhando o Padre Vitalmiro
Monford, que na época veio para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.
Sendo um católico fervoroso, devoto de Santa
Rita de Cássia, foi ativo, organizador de festas religiosas e outros movimentos
da Igreja Católica em toda a região circunvizinha a Nova Soure durante os anos
que viveu aqui na cidade. Tamanha foi a emoção na vida de Ramos que ele
procurou registrar com palavras aquilo que seu coração sentia e foi aí que em
1967 nasceu a “Canção de Amor a Nova Soure”. Neste mesmo ano, ele idealizou uma
excussão com seus alunos e amigos para reverenciar Santa Rita de Cássia em solo
novasouriense
Uma letra
forte, uma música sensível que, além dos munícipes, também tocou o coração de
José Ramos, então prefeito de Nova Soure. Este foi tomado de tamanha emoção que
baixou decreto oficializando a Canção de Amor à Nova Soure como o hino oficial
do município. Neste município também Ramos Feirense desenvolveu grandes e
importantes amizades inclusive com o próprio prefeito Manoel Ferreira
(Manoelito Dentista) e com as professoras Maria de Lourdes e Vestina Ferreira da
Silva irmãs do prefeito, que como educadoras prestaram relevantes serviços à
população novasouriense.
Criativo e cheio de habilidades artísticas,
Ramos Feirense também presenteou a cidade com um painel gigante e o dedicou ao
presépio de Nova Soure. Ele fez isso deitado no chão, na rua com as costas ao
sol. Ainda hoje o painel continua preservado pela comunidade, além de ser
organista na igreja. Mesmo dando aula de História no município vizinho, Caldas
do Cipó, Ramos se realizava como educador artista e religioso em Nova
Soure.
Antônio Ramos foi condecorado com vários
Títulos e honrarias em diversos municípios da Bahia. Em Nova Redenção,
foi laureado com o Título de Cidadão de Nova Redenção; em Feira de Santana,
recebeu a Comenda Godofredo Filho, na Câmara Municipal de Vereadores. Na
Europa, foi certificado com o título de Comendador da Cultura e da Educação em
Portugal. No país lusófono, Ramos Feirense representou o Magistério Primário do
Brasil através do Consulado Português. Quando estava de malas prontas para
conhecer Coimbra, o consulado brasileiro o convidou para participar de um
encontro com jovens portugueses.
Por Reginaldo Santos