Segundo investigação, deputado estadual recebia salários de assessores.
Doze mandados de busca e apreensão são cumpridos em quatro cidades.
PF desmonta esquema de 'servidores fantasmas' na Assembleia da Bahia (Foto: Divulgação) |
Policiais federais deflagraram na manhã desta terça-feira (3) a
"Operação Detalhes" e cumprem 12 mandados de busca e apreensão em
Salvador, nas cidades baianas de Juazeiro e Uauá, além de Petrolina
(PE). Segundo a PF, a ação tem o objetivo de desmontar um esquema de
desvio de recursos públicos por meio de assessores parlamentares
"fantasmas" do deputado Roberto Carlos Almeida Leal (PDT) na Assembleia
Legislativa da Bahia. O órgão foi ocupado por policiais na manhã desta
terça-feira. Documentos e computadores devem ser apreendidos.
De acordo com a PF, diversos assessores parlamentares do deputado
estadual não desempenhavam as funções e desviavam parte dos salários
para o parlamentar ou pessoas vinculadas a ele através de saques e ou
transferências. O G1 tenta manter contato com o
deputado durante a manhã, mas não obteve sucesso. O presidente do PDT na
Bahia, Hari Alexandre Brust, disse que apura o teor da denúncia para
depois se posicionar.
A investigação foi iniciada pela Delegacia da Polícia Federal em
Juazeiro, região norte da Bahia, há dois anos e os mandados de busca e
apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
em Brasília. Roberto Carlos Almeida é o atual presidente do clube de
futebol Juazeirense e atua como corregedor na Assembleia Legislativa da
Bahia.
Esquema
Segundo a investigação da Polícia Federal, os salários dos servidores “fantasmas” variavam de R$ 3 mil a R$ 8 mil por mês. A operação localizou transferências diretas entre as contas dos assessores e as contas do deputado, da mulher dele e de um de seus filhos, no período de 2008 a 2010.
Segundo a investigação da Polícia Federal, os salários dos servidores “fantasmas” variavam de R$ 3 mil a R$ 8 mil por mês. A operação localizou transferências diretas entre as contas dos assessores e as contas do deputado, da mulher dele e de um de seus filhos, no período de 2008 a 2010.
São alvos das buscas da PF a Assembleia Legislativa da Bahia (setor de
recursos humanos e gabinete do Deputado Estadual Roberto Carlos), o
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) de Juazeiro (onde trabalha uma
das supostas assessoras do parlamentar) e as residências do parlamentar e
de outros oito investigados (suspeitos de serem servidores
“fantasmas”).
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