21 de jan. de 2013

Ler poesia: a arte para o cérebro

Uma pesquisa realizada por cientistas revela que ler poesia trabalha mais o desenvolvimento do cérebro do que livros de autoajuda. Eles disseram que ler obras clássicas estimula a mente e ler poesias pode ter um resultado mais eficaz do que livros de autoajuda. Essa utilidade a mais se dá pelo fato do cérebro se concentrar em palavras mais rebuscadas, termos incomuns, o que difere de conteúdos do dia a dia, em que ele não é estimulado e não causa reações.

Além de livros, ouvir músicas clássicas também trabalha o lado da metade do cérebro.  Na realidade, o controle neuronal é invertido. Sendo assim, destros são controlados pelo lado esquerdo do cérebro. O lado direito passa a ser o responsável pelo emocional, em que envolve artes e a imaginação do indivíduo.

Beneficiando-nos nisso, num lugar não muito distante daqui, na cidade maravilhosa – RJ, em março de 1992, nasceu Marcos de Sousa. Filho de mineiros, passou parte de sua infância no interior de Minas Gerais. Tornou-se escritor de “gaveta” e foi desenvolvendo o gosto pelo simples e belo. Aos 18 anos, venceu o seu primeiro curso literário, Concurso Nacional Estudantil de Crônicas e Poesias Meu Pé de Laranja Lima, brotando assim o anseio de ser reconhecido pelo mundo. No ano seguinte, iniciou o curso de Letras português/Literatura e em 2012 lançou seu livro de estreia: “Coração de Vidro”.

Antes do resultado dos cientistas, Marcos lançou seu olhar apreciador para a arte do cérebro: a poesia. Para os pessimistas, a poesia morreu com Drummond, Quintana e outros. Já para os otimistas e realistas, ela continua viva e vibrante. Embora tímida, em corações brasileiros, a poesia não morreu, todo homem é feito dela. Marcos de Sousa, em seu livro de estreia, mostra que o mundo mágico dos versos ainda é tangível, pode ser alcançado, basta desejar. A poesia simples, a profunda, da mais modernista até a mais parnasiana, tudo encontramos neste livro. “Coração de Vidro” é mais que uma antologia poética, é um chamado para a vida. É a trajetória do coração despedaçado, arruinado até a plenitude, por ser tocado pelo amor. É um romance em versos, podemos assim colocar. É a prova viva que a poesia se faz presente em cada ser. Este não é o tipo de livro para se guardar na cabeceira, mas para se levar na bolsa. É acalento para todo momento, um canto de vida em meio a esse mundo de morte e dores. É a prova que ainda existe coração, ainda existe esperança.

Mais do que uma lição sobre os desastres da vida, sobre as dores, as perdas, a obra, além de tocar-nos a alma, é uma arte para nosso cérebro. Um exercício para o desenvolvimento dele e de nosso emocional, até porque, mais do que um daqueles livros de autoajuda, ele instrui-nos no que é obscuro e orienta-nos como agir por amor e na hora da dor.

“Coração de Vidro” é a prova que o impossível pode tornar-se real; é a realidade que pode tornar-se encantadora, não apenas para quem vive, mas para quem observa. Afinal, como o próprio autor declara:
“Se nos charcos pode nascer uma rosa
Ou um lírio, quem sabe,
Não pode nascer um coração de diamante
Dos destroços de um coração de vidro?”

Conheça o autor e mais de sua obra, podendo adquiri-la através de seu site: http://www.omundosobomeuolhar.com.br .


Por Natalia Araújo

Nenhum comentário: