Passei alguns dias com amigas italianas
visitando varias cidades do sertão baiano e a sensação não foi
muito boa. Enquanto visitava as cidades pensava a todo o trabalho
de conscientização política realizado nestes quase 15 anos de Bahia
e a pergunta foi esta: para onde foram os conteúdos dos cursos, das
manifestações, dos encontros formativos? É uma grandíssima
decepção que estou sentindo nestes dias. Tudo mundo querendo
ganhar, seja o que for. Não importam as ideologias, os programas,
os projetos: que nada! Importa é ganhar e acabou.
Sabemos como acontece a compra de voto. O
candidato passa nas casas e pede para o povo pegar uma cesta básica
naquele mercadinho cujo dono já sabe de tudo. Às vezes a mercadoria
é levada de antemão num lugar, numa casa para de noite o povo
buscar. Com o Movimento Moringa procuramos o povo para testemunhar,
mas se negam para este ato de justiça civil. O desastre social e
moral que este tipo de porcaria política está provocando nesta
região é arrasador. E pior ainda perceber que os
“políticos” não estão nem ai: querem ganhar a
qualquer preço, seja o que for. Que povo é este que vende o próprio
voto por uma cesta básica? São os pobres coitados acostumados a
viver recebendo de graça as migalhas do governo o do político da
vez.
É
o povo fruto de décadas de politicas compensatórias, políticas
cujos objetivos não é resolver os problemas, mas sim manter a
situação assim como ela está. Na realidade não se trata de uma
pobreza apenas material, mas, sobretudo cultural e espiritual.
Cultural porque o estilo de político corrupto que ganha as eleições
comprando votos, coloca na cabeça deste povo que a vida para os
pobres é assim mesmo, uma vida feita de nada e uma sociedade na
qual existe quem tem e quem não tem nada. Os poucos que tem algumas
coisas se alimentam com a multidão que não tem nada.
Os
pobres são essenciais por estes parasitas de políticos que ganham
um dinheiro bravo sem fazer nada. É também uma pobreza espiritual
porque dificilmente uma pessoa que tem Deus no coração, que ama a
Deus aceitaria de vender o próprio voto, a própria liberdade por
algo de material. Que mundo é este? Estamos nas mãos de quem? Quem
é que está tomando conta do povo? Pessoas sem escrúpulos sedentas
de dinheiro e de poder, que para alcançar isso são dispostas a
tudo, passam por cima de tudo, dos sentimentos, da moral, de Deus.
Tem saída um mundo desse? Postado por
Paolo Cugini no blogdopadrepaolo.blogspot.com
Um comentário:
As pessoas se acomodaram ao paternalismo da politicagem. Quando foi regulamentada a proibição de uso de shwmícios, brindes tipo bonés e camisetas, um jovem reagiu: pôxa estamos lascados! Essa reação esbossa a percepção que o mesmo tem de um processo eleitoral. Ignorante, e com formação política zero, ele sentiu-se fruxtrado, já que é nessas ocasiões que pessoas como ele conseguem angariar alguma coisa dos profissionais da política.
Quando atuei diretamente na política partidária, era muito questionado sobre minha conduta: " Não dá nada a ninguem, não dá um comprimido a um doente", esta era a forma mais branda que os demais usavam para depreciar minha atuação.
Apesar de ter sido um dos poucos vereadores a assiduamente pedir vistas nas contas dos gestores durante as duas legislaturas que participei, de denunciar o abuso no desvio dos recursos públicos, e conseguir até êxito com a rejeição de contas de gestores da época, além de várias notificações que coibiram sim muita coisa. Apesar de apresentar mais de 300 intervenções, durante os 08 anos de mandato. A comunidade não chegou a entender o verdadeiro papel do homeme público.
Sai candidato pelo PT, e os primeiros a me combater eram os petstas. Sofri boicotes, críticas não abertas, muito menos sinceras. Sabotagem dentro da campanha foram muitas.
E hoje, quando vejo certas posturas, pessoas contestando práticas, entendo que esats mesmas pesoas ,s e pudessem ou puderem, lançarão mão dos mesmos expedientes para persuadir os eleitores a dar o voto. Isto está na mete da própria comunidade. A spessoas votam pelo imediato, pelo que os olhos contemplam. Dai as carreatas, nogociatas, compra e venda. Se existe comprador, é por que tem oferta de vendedores.Chegamos ao limite da abordagem dirata, onde o candidato já faz a proposta direta, e tm a ceteza de que cada um tem seu proço. Tá enganado? Em todos os segmentos da nossa sociedade este é o pensamento. Tem que vender a imagem de bom moço, mas "entre quatro paredes": Diga quanto é? Política aqui virou leilão: Rapido lhe ofereço, me diga o preço?
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