24 de jun. de 2013

Dilma propõe plebiscito para reforma política e anuncia 5 pactos para o Brasil

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  Foto: Reprodução/Correio
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (24) que vai propor um plebiscito popular para fazer a reforma política no país.  "Quero neste momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize um processo Constituinte específico para fazer reforma política que o país tanto necessita", disse a presidente.

Dilma Rousseff propôs ainda uma nova legislação que considere a "corrupção dolosa (quando há intenção) como crime hediondo", com penas mais severas.  A presidente pediu ainda agilização na implantação da Lei de Acesso à Informação.

A fala aconteceu na abertura da reunião com todos os prefeitos e governadores do país, que acontece agora no Palácio do Planalto, depois que Dilma se reuniu com representantes do Movimento Passe Livre.

"O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado onde está. Devemos também dar prioridade ao combate à corrupção de forma ainda mais contundente", acrescentou ainda. 

Dilma também anunciou a criação de cinco pactos "em favor do Brasil", no seguintes eixos: 1) Responsabilidade fiscal e controle da inflação; 2) Reforma política; 3) Saúde ; 4) Transporte público; e 5) Educação.

Médicos importados
 
Mesmo com a resistência encontrada na categoria, a presidente anunciou como compromisso para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) a importação de médicos estrangeiros. Dilma disse que médicos brasileiros terão prioridade nas vagas e somente as não preenchidas ficarão com os estrangeiros.

"Sei que vamos enfrentar um debate democrático. Gostaria de dizer à classe médica que não trata de medida hostil ou desrespeitosa, tendo em vista que temos dificuldades de encontrar médico para trabalhar nas áreas mais remotas", disse a presidente. " A saúde do cidadão deve prevalecer sobre qualquer interesse".

Dilma citou a importação de médicos que acontece em outros países e disse que o Brasil "continua sendo o que menos emprega médicos estrangeiros" - atualmente, apenas 1,79% do mercado da área. Nos EUA, esse número seria de 25% e na Austrália de 22%. "Enquanto isso, temos hoje regiões que não têm atendimento médico. Isso não pode continuar".

A presidente anunciou que o governo ampliará o número de vagas para formação de médicos e para residência - serão mais de 11 mil vagas de graduação, no total.

Transporte e educação
 
Para a área de transportes, a presidente anunciou R$ 50 bilhões para investimento em obras de mobilidade urbana. Dilma pediu que exista uma maior transparência ao se estabelecer o valor das tarifas.

Para educação, Dilma voltou a cobrar que o Congresso Nacional aprove o projeto que destina 100% dos recursos dos royalties do petróleo da camada pré-sal ao setor.

Dilma voltou a falar sobre os protestos que tomam as ruas do país. "Junto com a população podemos resolver os problemas. Não há por que ficarmos inertes, acomodados ou divididos", disse, garantindo ouvir o povo. "O país deixou de ser governado apenas para 1/3 da população. Passou a ser governado para todos os brasileiros."

As informações são do Correio.

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