Aderindo à mobilização nacional contra o valor das passagens e por questões sociais, como saúde, educação e segurança pública, cerca de dez mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, foram às ruas de Feira de Santana na tarde desta quinta-feira (20).

Os manifestantes se concentraram inicialmente na Praça do Instituto de Educação Gastão Guimarães, depois seguiram pela rua Aristides Novis e avenida Getúlio Vargas em direção à prefeitura. Não houve enfrentamento entre manifestantes e polícia, e a caminhada seguiu em clima de tranquilidade.
Durante a caminhada, portando faixas e principalmente cartazes, eles gritavam palavras de ordem pedindo a redução da tarifa de ônibus e entoaram o Hino Nacional Brasileiro.
O prédio da prefeitura foi totalmente isolado por policiais militares, que formaram uma barreira humana no entorno do Paço Municipal.
“Nossa manifestação tem um clamor de protesto contra o aumento da passagem, por melhoria da qualidade do transporte coletivo urbano e quanto mais pessoas se somarem a esta luta tenho certeza que haverá redução da passagem e nossa pauta será cumprida”. A afirmação foi feita por Iracema Santos, uma das coordenadoras do Diretório Central dos Estudantes da Uefs (DCE).
Ela lembrou que a luta é também por melhorias do país como na educação, saúde e segurança pública, mas em Feira de Santana a causa principal do protesto são os problemas relacionados ao transporte público, especialmente o preço da passagem.
O estudante de Engenharia Civil Fábio Tuxá, que é indígena e estava ao lado da irmã e mais dois índios, disse que a manifestação é muito justa e que o povo brasileiro demorou muito para acordar, além disso, vinha fazendo manifestações isoladas. “Nunca conseguiram se unir e agora com esse acordar da consciência do brasileiro pode unir o povo e realmente acabar com as mazelas do país”, declarou.
O médico Cesar Oliveira, que também participou da manifestação, destacou que essa mobilização é importante porque não tem envolvimento dos movimentos tradicionais políticos. “Desse ponto de vista, o movimento traz algo novo, representando um anseio diferente da sociedade”, afirmou.
Representantes de entidades como OAB, DCE,STR (Sindicato dos Trabalhadores Rurais), Ames (Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas), grupos Ousar e Levante e demais pessoas da sociedade estiveram presentes no protesto.
Fonte: Acorda Cidade
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