6 de jun. de 2013

Lagartas atacam lavouras de milho e feijão em Nova Soure


Pequenos produtores do município de Nova Soure, localizado no semi-árido baiano, estão preocupados com o ataque de lagartas nas lavouras de milho, feijão e maracujá. Os agricultores estão também apreensivos com o estado das pastagens, pois até o capim é alvo das larvas que infestam a região.

Em relato de trabalhadores de várias comunidades do município, todos citam o problema comum de devastação das lavouras, tanto de milho, feijão e pastagens por essa praga. Com a chegada das primeiras chuvas em abril, os lavradores de Nova Soure iniciaram o plantio das culturas de subsistência, milho e feijão, mas a preocupação veio logo em seguida com o ataque das lagartas.

Vale ressaltar que o município em estado  de emergência devido ao longo período de estiagem, dizimando lavouras, pastagens e até rebanhos. Com retorno das chuvas este ano, foi realizado o replantio das áreas agricultáveis e agora, além das chuvas insuficientes, a lagarta devora boa parte da lavoura de milho e feijão na região.

A pequena produtora rural Francisca Batista de Santana, mãe de sete filhos, moradora do povoado de Curral Novo, já perdeu parte da lavoura de milho e feijão e não tem a quem recorrer para se livrar da praga. Ela até reconhece que as chuvas que caíram de abril para cá amenizaram os efeitos da estiagem, mas agora surgiu o drama da praga. “A lagarta está comendo tudo, até a comida dos bichos”.

Morador no mesmo povoado, o agricultor José Tibúrcio dos Santos, pai de 10 filhos, perdeu tudo e, agora, com as novas chuvas, fez o replantio de milho e feijão, mas teme com mais prejuízos das lagartas que infestam a região. “Peço a Deus que proteja minha plantação, pois, caso contrário, a gente vai passar fome”, lamenta ele.

 A exemplo de tantos outros agricultores da região, a produtora Cosma Francisca de Jesus, do povoado de Iauí, mãe de 10 filhos, está revoltada com o descaso das autoridades que “nada fizeram até agora pelos pequenos agricultores para matar as lagartas”. Segundo ela, as larvas estão devorando as lavouras a cada dia. “A gente veio de uma seca braba e agora sofre com as lagartas. O que vai ser da gente, meu Deus, se ninguém tomar providência urgentemente”, implora a produtora rural.
Por Reginaldo Santos











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